Desde pequena, ou melhor, desde criança, eu fui educada a assistir televisão. Isso mesmo, minha mãe me obrigava a ver desenhos, séries e tudo mais enquanto ela ía levar e pegar minha irmã no colégio. Como eu não podia ir pra rua brincar porque meu pai não deixava, a minha melhor amiga era a tv.
E foi assim que minha dependência começou. Me lembro da 1ª série que assisti, era a Super Vicky e passava na Record. É claro que não me lembro muito bem a história, só lembro que era uma família que tinha um robô -a Vicky- que parecia uma menina de 10 anos. Era bem legal, ela usava um laço enorme na cabeça e repetia tudo que falavam, tem alguns episódios no youtube. Também tinha Punky, a levada da breca (?) e Chaves, óbvio, até hoje assisto, pode perguntar pra qualquer viciado que 8 entre 10 vão responder que começaram com Chaves. Mas eu era muito pirralha e na época nem sabia o que era um seriado, só fui descobrir quando começei a assistir Blossom e os episódios não tinha mais continuaçaõ. Foi minha 1ª série cancelada #todoschora
Depois de superar esse cancelamento e me contentando com episódios repetidos, com 15 anos fiz meu pai assinar tv a cabo e foi aí que a coisa complicou. Eu não queria fazer mais nada, ainda não tinha internet aqui em casa então minha vida se resumia a isso. Friends era (e continua sendo) meu crack, sem dúvidas, me trazendo sensações de bem-estar, ele me tirava dos meus dias depressivos, me fazendo rir sozinha a ponto da minha mãe me perguntar o que estava acontecendo, mas ela não podia saber que eu era uma viciada.
Dizem que as más influências estão onde a gente menos espera, até um parente pode exercer essa função. Um dia minha prima chegou na minha casa e me apresentou Gilmore Girls. Já estava na 3ª temporada, eu acho, era um episódio que a Lane pintava o cabelo de roxo, então eu tinha que correr pra colocar tudo em dia. O engraçado foi que ela largou Gilmore Girls e eu continuei firme e forte, até quando tive que me mudar pra faculdade, continuei acompanhando.
Falando em faculdade, ela foi quase uma reablitação pra mim porque não tinha mais como assistir, não tinha tempo, nem tv a cabo. Eu estava em período de abstinência. Eu não raciocinava direito, assistia episódios aleatórios quando voltava pra casa, mesmo sem entender nada, sonhava que estava em Stars Hollow, que o Will e a Grace eram meus amigos e o Seth Cohen largava a Rachel pra ficar comigo. Foram meses de muita tensão, amigos. Meu pensamento ficou constantemente voltado para meios de como obter os episódios e quando minha irmã falou que colocaria banda larga na minha casa, foi a forma que encontrei para que meu vício permanecesse, a ponto de eu ter várias overdoses. Nem os hiatus mexem comigo, tenho sempre minhas reservas como Brothers & Sisters, The Big Bang Theory e as mid seasons. Entre reprises e episódios novos, cheguei a16 18 séries, de acordo com o Orangotag.
De acordo com pesquisasa.k.a Google, a única maneira de se largar um vício é a morte psicológica, ou seja, aos poucos você vai retirando aquilo que a sua mente mais implora. Pra isso o dependente precisa, primeiro de tudo, reconhecer que o é, e que precisa de tratamento. Já reconheci, isso é um grande passo, agora não me pede pra procurar ajudar por que eu não vou.
E foi assim que minha dependência começou. Me lembro da 1ª série que assisti, era a Super Vicky e passava na Record. É claro que não me lembro muito bem a história, só lembro que era uma família que tinha um robô -a Vicky- que parecia uma menina de 10 anos. Era bem legal, ela usava um laço enorme na cabeça e repetia tudo que falavam, tem alguns episódios no youtube. Também tinha Punky, a levada da breca (?) e Chaves, óbvio, até hoje assisto, pode perguntar pra qualquer viciado que 8 entre 10 vão responder que começaram com Chaves. Mas eu era muito pirralha e na época nem sabia o que era um seriado, só fui descobrir quando começei a assistir Blossom e os episódios não tinha mais continuaçaõ. Foi minha 1ª série cancelada #todoschora
Depois de superar esse cancelamento e me contentando com episódios repetidos, com 15 anos fiz meu pai assinar tv a cabo e foi aí que a coisa complicou. Eu não queria fazer mais nada, ainda não tinha internet aqui em casa então minha vida se resumia a isso. Friends era (e continua sendo) meu crack, sem dúvidas, me trazendo sensações de bem-estar, ele me tirava dos meus dias depressivos, me fazendo rir sozinha a ponto da minha mãe me perguntar o que estava acontecendo, mas ela não podia saber que eu era uma viciada.
Dizem que as más influências estão onde a gente menos espera, até um parente pode exercer essa função. Um dia minha prima chegou na minha casa e me apresentou Gilmore Girls. Já estava na 3ª temporada, eu acho, era um episódio que a Lane pintava o cabelo de roxo, então eu tinha que correr pra colocar tudo em dia. O engraçado foi que ela largou Gilmore Girls e eu continuei firme e forte, até quando tive que me mudar pra faculdade, continuei acompanhando.
Falando em faculdade, ela foi quase uma reablitação pra mim porque não tinha mais como assistir, não tinha tempo, nem tv a cabo. Eu estava em período de abstinência. Eu não raciocinava direito, assistia episódios aleatórios quando voltava pra casa, mesmo sem entender nada, sonhava que estava em Stars Hollow, que o Will e a Grace eram meus amigos e o Seth Cohen largava a Rachel pra ficar comigo. Foram meses de muita tensão, amigos. Meu pensamento ficou constantemente voltado para meios de como obter os episódios e quando minha irmã falou que colocaria banda larga na minha casa, foi a forma que encontrei para que meu vício permanecesse, a ponto de eu ter várias overdoses. Nem os hiatus mexem comigo, tenho sempre minhas reservas como Brothers & Sisters, The Big Bang Theory e as mid seasons. Entre reprises e episódios novos, cheguei a
De acordo com pesquisas